sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ossos e Carne Diante o Desespero

Padece o homem pobre, desprovido... Esquecido! Somente carne,
apenas sangue, largado a esmo nos brancos corredores da morte!
Gritos não ouvidos, gemidos ignorados, lágrimas escorridas... Os
olhos foram fechados. O decrépito ser doente, antes um
trabalhador agora um inválido, inofensivo. Estéreos são seus
gritos por uma espera interminável. Aquele que explora já fará
sentenciado pelo impessoal soberano. Tática genocida praticada
contra nós, pobres e miseráveis. Desassistidos, afogados em um
oceano de desespero. Contemplamos nossa própria derrota. O
último traço de luz vital se desvanece a cada suspiro. Em meio a
escombros e sucatas de sombrios hospitais desequipados, o
enfraquecido corpo sucumbe. A doença a décadas controlada é para
nós incurável. Para nós não há remédios, máquinas, médicos!
Não existe cura!

“O impiedoso sistema nos massacra a
cada medida imposta pelo império. A elite quer lucro, o poder
público quer sangue. Se não podemos pagar, não mais precisamos
viver. Nós agiremos como um sopro de esperança no vale inerte da
apatia. Seremos fortes, nos, homens pobres, renasceremos!”

Ossos e carne diante do desespero! O esquecido ser inócuo se fará
renascer e pela próprias ações demolirá a muralha que o separa
do direito à vida. Trilhando a fúria e sangue o caminho que o
conduzirá a alvejada liberdade.


Confronto - Ossos e Carne Diante o Desespero
 

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